Como comemoração do nosso centenário, achamos que seria interessante compartilhar alguns fatos sobre como nossos produtos foram usados durante todos esses anos. Nossos clientes fizeram alguns usos bem originais, aqui estão dez exemplos.
Onde está o bife?
Nos anos 1960, um de nossos transdutores de 2,25 MHz foi usado para medir a espessura da carne e da gordura de animais vivos. Isso realmente deu certo, um operador treinado era capaz de distinguir as camadas de pele, gordura e músculos com base nos ecos. Porém, tinha um problema: fazer com que o animal ficasse parado. Para obter ecos nítidos e acoplar corretamente o transdutor, o animal precisava ficar praticamente imóvel. Calma, Mimosa! Fique quietinha!
Borracha, gordura de baleia e um transdutor
Um famoso instituto oceanográfico adquiriu um detector de defeitos EPOCH® e um transdutor de 500 kHz para serem usados em uma pesquisa sobre as baleias do Atlântico. Os biólogos prenderam o transdutor na extremidade de uma vara comprida que flutuava ao lado de uma baleia em um bote de borracha; era preciso pressionar o transdutor contra a baleia para medir a espessura da gordura.
Ei, isso é meio nojento...
O tecido mole costuma ser um bom condutor de ultrassom, nós vendemos medidores para várias aplicações de pesquisa biomédica. Entre as partes de animais que as espessuras foram medidas estão: o tecido do pericárdio bovino (usado para fazer válvulas cardíacas artificiais para seres-humanos), intestinos de cães (pesquisa para medicamentos), córnea de coelhos (é semelhante à humana) e vasos sanguíneos de bovinos (mas a aplicação real provavelmente foi em humanos).
Pele sensível
Pesquisadores usaram nossos transdutores de imersão de alta frequência para medir finas camadas de pele humana em pesquisas para cura da psoríase e de queimaduras
. A velocidade do som em amostras de ossos com lados paralelos planos também podem ser facilmente medidos. Nossos produtos foram usados para medir cascas de ovos e lagostas (estas últimas em uma pesquisa sobre crescimento e saúde). Chegamos a vender um sistema para um cliente japonês que o utilizou para medir a velocidade do som e a atenuação em melões, que estão correlacionadas com a maturação da fruta. Macarrão com queijo, por favor
Um produtor de alimentos comprou um aparelho EPOCH para medir a velocidade do som em sacos opacos selados cheios de macarrão com queijo. O produtor usou o EPOCH e um transdutor V61 de 500 kHz, um dispositivo de teste foi especialmente projetado para verificar se os sacos continham as proporções adequadas de macarrão com molho de queijo.
Balas e bombons
Medidores de espessura foram utilizados para verificar a espessura do revestimento externo de bombons e balas, provavelmente para assegurar a uniformidade.
No gelo fino?
A espessura do gelo no interior do ringue de patinação pode ser medida com um medidor de corrosão da Olympus. O gelo puro do ringue possui uma superfície leve e transmissiva para o medidor, as baixas temperaturas causam picos de sustentação em contato com o transdutor, então o transdutor de elemento duplo D797 de 2 MHz é utilizado. As medições de depósitos de gelo podem exigir ajustes de ganho e de supressão por causa da presença de bolhas e trincas que refletem as ondas sonoras longe da superfície interna.
Geologicamente falando
Pesquisadores adquiriram aparelhos EPOCH para medir a velocidade do som de rochas, solo compactado, gelo glacial e outras amostras geológicas. O teste de baixa frequência (abaixo de 500 kHz) é realizado em amostras preparadas com lados planos paralelos. Frequentemente, o módulo de elasticidade pode ser calculado adicionando um teste de onda de cisalhamento através da transmissão para obter a velocidade do cisalhamento.
Madeira
Normalmente não somos procurados para aplicações em madeira, pois é um nicho muito pequeno e especializado, mas, como nas amostras geológicas, é possível fazer testes de baixa frequência (entre 50 kHz e 250 kHz) com transmissão direta com o EPOCH ou um pulsador/receptor. Pode-se identificar se a estacas marinhas ou postes de redes telefônicas estão podres por meio da mudança de velocidade da transmissão. Não é possível realizar testes pulso-eco em madeira, mas alguns fabricantes de instrumentos musicais usaram os medidores de espessura Magna-Mike®.
Espaço — A última fronteira
IPLEX: olhando para o alto
O IPLEX MX foi um dos primeiros videoscópios operados por bateria, tornando-se o mais avançado da sua época. Em 2005, um IPLEX MX foi modificado para ser fixado à roupa espacial de um astronauta para utilização em gravidade zero durante a atividade extraveicular (EVA, sigla em inglês). Alguns anos mais tarde, o videoscópio IPLEX SA, mais possante, foi modificado para o mesmo tipo de atividade — EVA. Nenhum dos dois videoscópios chegou ao espaço sideral. Recentemente, em 2017, o IPLEX FX foi usado na renovação da nave espacial Enterprise (a mesma utilizada em um famoso programa de TV dos anos 1960) que está exposta no Museu Nacional do Ar e do Espaço em Smithsonian. O videoscópio teve papel fundamental para a compreensão de como o modelo foi construído e minimizar os danos durante a renovação.
O EPOCH 6LT alcança a estratosfera
Em uma estrada poeirenta em Bishop, Califórnia, no sopé das montanhas de Sierra Nevada o detector de defeitos EPOCH 6LT foi fixado a um balão meteorológico de alta altitude e enviado à estratosfera. Uma câmera de vídeo também foi anexada ao balão para registrar toda a ação (confira o vídeo aqui). Não tínhamos a mínima ideia se o detector de defeitos sobreviveria à viagem. Em pouco menos de duas horas, o balão atingiu a altitude máxima de 19.500 metros, flutuou por um tempo e depois estourou. Um pequeno paraquedas abriu, diminuindo a velocidade da queda até que o detector de defeitos chegasse ao chão em uma área acidentada e remota. Três dias depois, o detector de defeitos foi encontrado intacto. Pode-se dizer que foi um teste de queda “radical”!
XRD da Olympus aterrissa em Marte!
A tecnologia que aciona os aparelhos de difração de raios X da Olympus
foi originalmente desenvolvida para analisar o solo marciano a bordo do Mars Curiosity Rover. O XRD emite raios X através de uma amostra de solo em pó para determinar a mineralogia. Se os minerais possuírem estrutura cristalina, o XRD analisa o padrão da difração. Essa tecnologia ajuda os cientistas a compreender os materiais que fazem parte da paisagem marciana e sua história geológica.
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