Os avanços na robótica estão proporcionando análises de fluorescência de raios X (XRF) mais rápidas e eficientes em projetos de geoexploração. Uma inovação em robótica que está revolucionando a análise de XRF é o GeRDa, um assistente de documentação e pesquisa geoquímica automatizado.
Criada pelo MEFFA Lab Oy, na Finlândia, a unidade automatizada é projetada para testar o núcleo em caixas de núcleo e solo, sedimento e rocha triturada em sacos plásticos para obter maior rendimento de amostra com seu analisador portátil por XRF. O sistema é montado em mesa CNC com analisador portátil por XRF Vanta™, câmera USB de alta resolução, módulo de controle simples baseado no Raspberry Pi 3 e software intuitivo para visualização de resultados e processamento de dados.
Em paralelo com o GeRDa, os inventores começaram a desenvolver um método único conhecido como análise do efeito da pepita de ouro (NEFFA) para estimar a mineralização do ouro em amostras (normalmente rocha britada ou núcleo de broca britado).
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| O GeRDa é usado com o analisador por XRF para automatizar testes para projetos de geoexploração. |
Desenvolvimento do sistema GeRDa
O sistema GeRDa foi desenvolvido por uma equipe que usa analisadores portáteis por XRF em projetos de exploração mineral há mais de 15 anos.
Focados amplamente no uso de elementos de descoberta como parte de seus projetos de exploração de ouro, os inventores testemunharam o desenvolvimento de analisadores portáteis por XRF ao longo do tempo, especialmente as melhorias na velocidade e a redução nos tempos de teste necessários para atingir os níveis de precisão exigidos. Eles também observaram os desenvolvimentos da Olympus em tecnologia de detector e processamento de sinal e, em particular, a capacidade do analisador Vanta de atingir limites de detecção mais baixos (LODs) de elementos, incluindo ouro (Au).
Sendo exploradores juniores com um orçamento limitado, o foco deles tem sido a exploração de novos campos, a identificação rápida de anomalias, a geração de alvos de perfuração e novas descobertas em potencial, não definição de recursos. A chave para isso é a capacidade de testar um número muito maior de amostras usando seus analisadores portáteis por XRF do que seria possível se todas as amostras fossem analisadas em laboratório. O GeRDa é fundamental para se poder fazer isso.
O GeRDa é projetado para:
- Aumentar a taxa de transferência da amostra para proprietários de XRF portáteis existentes
- Ajudar a selecionar amostras para análises laboratoriais mais caras
- Fornecer acesso mais rápido a resultados significativos para acompanhamento/preenchimento em tempo real
- Reduzir o custo geral dos orçamentos analíticos de exploração
- Tornar os programas de exploração mais eficientes
Para ver como o GeRDa funciona com o XRF portátil, assista a este pequeno vídeo:
O que é análise do efeito da pepita de ouro (NEFFA)?
Para entender esta nova técnica, é importante saber como funciona o “efeito pepita”.
O efeito pepita é um termo usado para descrever o problema de amostragem que pode ocorrer quando há grandes partículas de ouro (pepitas) em uma amostra. Se uma pepita for selecionada durante um processo de amostragem tradicional, os pesquisadores podem superestimar a quantidade de ouro na amostra. Mas se a pepita for desperdiçada, o ouro pode ser subestimado. Para exploração e mineração de ouro, essa variabilidade pode levar a resultados imprecisos e erros caros.
A técnica da análise do efeito da pepita de ouro (NEFFA) visa transformar o desafio tradicional associado ao efeito pepita em uma oportunidade. A análise do efeito da pepita de ouro tenta medir o efeito pepita por múltiplas análises não destrutivas e sistemáticas de um material geológico (normalmente rocha britada ou núcleo de broca britado) para identificar a presença de ouro ou outros metais preciosos com base em sua distribuição na amostra.
A análise do efeito da pepita de ouro redefine e reduz completamente o procedimento tradicional de preparação de amostras e visa fornecer resultados semiquantitativos de ouro usando analisadores portáteis por XRF para identificar amostras de interesse potencial para análises laboratoriais adicionais.
Veja como ele funciona:
- Amostras representativas de 20-30 g, dependendo da natureza do material, são isoladas em um meio como um saco de amostra transparente ou sob filme plástico para garantir que não haja contaminação de um agente externo
- A amostra é distribuída uniformemente em um quadrado de 10 cm × 10 cm com profundidade de espessura de no máximo 2 mm
- Uma grade ou matriz é colocada sobre a amostra, com matrizes individuais medindo 1 cm x 1 cm
- As medições são realizadas dentro de cada centímetro quadrado, e a média de todos os resultados é relatada
- A técnica é mais eficaz em amostras de rocha britada ou de núcleo de broca triturada com tamanho de grão de <3 mm, mas não em amostras de polpa homogeneizada
- Amostras de jato de ar rotativo e circulação reversa (RC) podem ser analisadas diretamente
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| A técnica de análise do efeito de pepita de ouro é usada para analisar ouro em uma amostra de rocha. |
Este método aproveita as vantagens de rendimento do GeRDa para projetos de exploração em geral e agrega valor adicional para a exploração de ouro, fornecendo estimativas de ouro usando a XRF.
Reconhecemos que este método pode ser considerado não tradicional. Os pontos fracos do XRF portátil na análise de ouro são bem conhecidos (sobreposições espectrais elementares podem causar falsos positivos, LODs relativamente altos em comparação com o laboratório; o ensaio de fogo é a melhor técnica a ser usada), no entanto, o trabalho inicial dos inventores usando GeRDa e a análise do efeito de pepita de ouro sugere dados de ouro significativos e que a redução de custos é possível com esse sistema. Além disso, os requisitos de segurança e licenciamento de radiação local devem ser seguidos com qualquer implementação proposta dessa técnica.
Para obter mais informações ou para realizar um teste em suas amostras, entre em contato com Igor Vasilyev do MEFFA Lab Oy pelo e-mail ivas@kareliangold.com
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